BOAS VINDAS AO NOSSO BLOG

FINALMENTE APOSENTADO, COM NOVO ÂNIMO E FÔLEGO RENOVADO, SEM DORES MAS COM ALGUMAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MUITA CRENÇA NO PROPÓSITO COLOCADO: MELHORAR O NOSSO MUNICÍPIO











O que significa ITAARA. Diferentemente do que pensam e escreveram no Site da Prefeitura, no Jornal Aguas da Serra e em alguns Sites, a nossa opinião é que o significado real do nome Tupy-Guarany ITA+ARA é Pedra dos Papagaios: Ita=Pedra + Ara=Ave da família dos Psitacídios(Araras, papagaios, periquitos, caturritas, jandaias, maritacas, etc).







Então diretamente da Pedra dos Papagaios iremos colocar assuntos de relevância para o município.





NÃO ACREDITE EM NADA QUE LER NESTE BLOG, PESQUISE, EXPERIMENTE, TESTE...











domingo, 23 de junho de 2013

Como transformar um fake em notícia e enganar incautos: Políbio Braga :Claudio Humberto diz que Dilma teria comprado casa de R$ 5 milhões da família Hoffmann.

domingo, 23 de junho de 2013

Claudio Humberto diz que Dilma teria comprado casa de R$ 5 milhões da família Hoffmann.

A casa ao lado teria sido comprada por Dilma. Ela dá para o Lago Guaíba., mas apesar dos boatos o editor não encontrou prova alguma da compra.



O jornalista Claudio Humberto passou a informação a seguir na sua coluna de hoje, mas o editor já tinha ido atrás da informação, porque ela tem sido recorrente e há pelo menos três anos circula sempre fora da mídia, verificando que não existe fundamento no caso.

. O editor conversou com os antigos donos da casa, a família do publicitário Hugo Hoffmann, já falecido, que negou tudo. Investigações feitas no Cartório de Imóveis da Tristeza, Porto Alegre, não registram qualquer transferência para Dilma Roussef, que continua dona de um apartamento modesto no próprio bairro, onde costuma se hospedar.

. De qualquer modo, leia a nota, porque ela circula com força neste domingo:

Se o futuro a Deus pertence, Dilma já garantiu o seu na cidade do coração em caso de “aposentadoria”: uma bela casa em estilo colonial português avaliada em R$ 5 milhões, no bairro Tristeza, um dos mais nobres da capital gaúcha. Será vizinha do ex-marido Carlos Araújo, pai de sua filha, com quem mantém amizade inabalável e confidente. Mineira, Dilma fez carreira política em Porto Alegre e adora a cidade.

sábado, 22 de junho de 2013

AS MASSAS E AS RUAS - Mauro Santayana


22/06/2013



(JB)-A máscara de Guy Fawkes, o conspirador católico inglês que queria atear fogo ao Parlamento, no início do século 17, tem sido usada, por equívoco, pelos manifestantes de nossos dias. Embora hoje símbolo do grupo Anonymous e tendo aparecido como ponto comum em manifestações em todo o mundo, o malogrado rebelde, que, semienforcado e, ainda consciente, teve sua genitália cortada antes de ser eventrado e suas vísceras fervidas, para então ser esquartejado, sabia o que desejava. Sob a influência dos jesuítas, o complô, de que participava, queria uma Inglaterra católica. Seu mérito pessoal foi o de, sob tortura — que só o rei James I podia, então, autorizar, e autorizou — proteger, até o limite do sofrimento, os seus cúmplices. Instrumento de intrigas internacionais de seu tempo, que envolviam a Espanha e a Áustria — países católicos — e se valiam de dissidentes ingleses, Fawkes é objeto de chacota em 5 de novembro de cada ano, quando se celebra a sua desdita em pequeno Carnaval nas ruas de Londres. Os vencedores escrevem a História, e a Inglaterra é, em sua esmagadora maioria, protestante até hoje.


E os que, agora, se manifestam no mundo inteiro? O que pretendem? Aparentemente, se revoltam contra o sistema econômico neoliberal, a corrupção e a inépcia dos governantes, que se refletem na desigualdade social. É também dessa forma que se identificam os manifestantes norte-americanos: a rebelião dos 99% espoliados, contra 1%, que são os espoliadores.


A maioria se revolta contra o sistema econômico neoliberal, a corrupção e a inépcia dos governantes
Há uma razão de fundo nessa identificação, uma vez que o homem, sendo produtor e consumidor de bens, é um ser econômico. Mas seria reduzir as dimensões do problema examiná-lo apenas a partir dos números, relativos ou absolutos. O homem pode ser, como diziam os gregos, a medida de todas as coisas, mas não pode ser medido por nenhuma coisa.


Como ser histórico, é o criador de si mesmo. É, no jogo dialético com a natureza, que ele se fez e se faz. A sua melhor definição é a de Aristóteles: é um animal político. Foi político antes mesmo que houvesse a polis: boas ou más, as regras do convívio, exigidas pela necessidade da sobrevivência, já eram políticas — antes dessa definição pelo léxico grego.


Em razão disso, todos os livros da Antiguidade, neles incluídos os sagrados, são, no fundo, manuais políticos. Tudo é política e, acima de tudo, é política a presumida negação da política.


Nos atualíssimos dias o confronto é nítido entre o capital financeiro, que pretende controlar tudo — mediante as autoridades governamentais, que escolhem com o financiamento das eleições — e os cidadãos. Autoridade e cidadão, mesmo nos regimes democráticos mais evoluídos, são categorias que se contrastam. Os eleitores nomeiam as autoridades, mas o mandato não é, nem pode ser, imperativo. Imperativas são as circunstâncias que separam o sentimento do eleitor, no momento do voto, do comportamento de seu mandatário, quando no Poder Legislativo e no Poder Executivo.


O carisma de alguns governantes ameniza essa discórdia, justificando o governante diante de seus prosélitos, em nome, valha a recorrência, do peso ou da ditadura das circunstâncias.


Não há dúvida de que passamos por um tempo de desalentadora mediocridade no governo dos estados nacionais. O carisma de alguns líderes — e este é o caso, entre outros, do presidente Barack Obama — tem prazo de validade, como certos alimentos industriais. Em alguns meses, como estamos vendo no caso de Hollande, na França, o entusiasmo fenece — e é substituído, num primeiro momento, pela decepção.


Nos sistemas presidencialistas puros, e onde há o instituto da reeleição, o segundo mandato não tem a solidez do primeiro. Se o governante não for extremamente hábil, corre o risco de se transformar em um lame duck, um pato claudicante sobre os charcos escorregadios.


A renúncia dos eleitos em assumir sua plena responsabilidade de garantir o bem-estar e a independência das sociedades nacionais abriram caminho para que o neoliberalismo corroesse, até os alicerces, a autonomia dos dirigentes políticos. O início da curva histórica ocorreu a partir do conluio estabelecido, nos anos 80, entre Reagan, Thatcher e Wojtila, com a cooptação de Gorbatchev — hoje conhecido em seus detalhes, constrangedores.


Os legisladores e governantes foram transmudados em simples marionetes dos donos do capital, que dominam o mundo. Esses têm, em suas mãos, os maiores bancos, e, mediante eles, ou diretamente, as maiores empresas transnacionais do mundo. Os bancos e essas corporações controlam todos os recursos naturais e ditam os rumos da economia mundial.


Os legisladores e governantes foram transmudados em simples marionetes dos donos do capital Seu domínio vai ao ponto de provocar a fome de alguns povos, por meio do controle dos alimentos — da produção dos fertilizantes, do uso da água, da fixação dos preços, pelo mercado de futuros, a estocagem e a especulação — dos cultivos até a prateleira dos supermercados. Isso sem falar nos minerais, do ferro ao nióbio, do urânio a terras raras.



As manifestações revelam a inadaptação da vida humana aos módulos impostos pela sociedade de produção e consumo, agravadas pela crise histórica da contemporaneidade. Elas pedem e anunciam uma nova forma de convívio — mas qual?



Estamos diante de uma nova fase da rebelião das massas, já examinadas com precisão por Ortega y Gasset, e Elias Canneti, em “Masse und Macht”, e hoje mobilizáveis em instantes pelos meios eletrônicos que pretendem controlá-las.

Postado por Mauro Santayana http://www.maurosantayana.com/2013/06/as-massas-e-as-ruas.html

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Para quem não tem medo de dizer em quem votou - Eu apóio Dilma

Meu Pitaco: Eu estou acordado desde a morte do Getúlio, com as lágrimas de meu pai na janela da nossa casinha humilde. Continuei acordado com as tentativas de golpe contra JK, suas corrupções que fizeram, junto com a capital, a fortuna de muita gente ligada a ele (não foi atoa a "doação" de duas fazendas a ele depois que ele deixou a presidência). Estive antenado e partícipe em 1961 e 1964 período das maiores falcatruas da história. Hoje, estou muito vígil com tudo o que está acontecendo. Nem que seja só esclarecimento e combate virtual, porque forças me faltam, farei de tudo para o estado de direito permaneça dentro de uma democracia possível. 



Alexandre Mesquita compartilhou a foto de Ana Maria G. de Oliveira.

ESTOU ACORDADO DESDE 1965
"Aviso aos desavisados: Se compartilharem aqui hastag de impeachment ou manifestações de desejo de morte a Presidenta Dilma, eleita com 55 milhões de votos legítimos, vou BLOQUEAR. Tô até as tampas com tolos e imbecis, ignorantes políticos! NÃO ADMITO desrespeito com quem lutou para que o meu país conquistasse a democracia que hoje permite a minha, a nossa liberdade de expressão e a minha dignidade enquanto brasileira. Tudo tem limite. Falta de bom senso é insuportável, é feio demais, é estupidez... A violência não me representa. Vandalismo não me representa. Falta de propostas claras, não me representa. Imprensa tendenciosa e golpista, não me representa. Corrupção não me representa. Oportunismo não me representa. Quem fere o meu direito de cidadania e maltrata a democracia com anarquia, não me representa. Portanto, você aí que não sabe nem a que veio...por favor, procure uma biblioteca, senta e leia, instrua-se, faça um favor a si mesmo. Aprenda a lutar pelos seus direitos sem destruir aquilo que levamos anos e anos para conquistar. Grite, pule, esperneie, faça o barulho que fizer, manifeste livremente sua indignação, mas tenha consciência daquilo pelo qual estás lutando, afinal, é assim que construímos um futuro melhor. Manifestar por uma causa, é uma coisa, ir pra rua, ou usar as redes sociais pra vomitar ignorâncias é folha ao vento... Não tenho vergonha de ter votado na Presidenta Dilma, de ser de esquerda, de ser feminista e de acreditar que só a luta muda a vida das pessoas. Eu fui pras ruas quantas vezes foi preciso. Eu irei pras ruas sempre que eu achar que devo. Estou acordado desde 1965. Sei bem o que é chegar para governar para todos, ter discernimento suficiente para entender que literalmente o país mudou para muito melhor...Sei como poucos o que é isso, fui perseguido em plena democracia aqui em minha cidade, minha irmã, hoje falecida, puseram a polícia para tentar calar a sua boca...então não me venha movido por impulsos e invejas." Joylce Dominguez

(#assinoembaixo)

Via: Antonio Francisco Carmo

quarta-feira, 19 de junho de 2013

The Big laudry


Minha mãe foi lavandeira. Lavava roupas ”para fora” no sentido estrito da palavra. Dessa forma ajudava meu pai no sustento da casa. Quem ia entregar as roupas era eu. Perto do estádio de futebol 19 de Outubro,  se a memória não falha, havia uma lavanderia pública onde quem quisesse  poderia aportar com as suas roupas e sabões e fazer o que tinha de ser feito. Era uma construção enorme com uns trinta tanques.
Minha mãe não a usava. Preferia lavar numa sanga (gauchês = córrego, riacho) que existia no final da nossa rua. Uma vez a questionei do porquê dela não ir até a lavanderia já que era de todos e com certeza, mais confortável que ficar de joelhos à beira d’água. Do seu jeitinho me explicou que não gostava do ambiente. E mais não disse. Na primeira oportunidade que tive, ao passar pela lavanderia, parei e como quem não quer nada, fiquei prestando atenção. As fofocas corriam soltas. Num determinado momento, bate-boca violento e se não houvesse intervenção de outras, duas teriam se agarrado. Outras querendo ver o circo pegar fogo  as incitavam.
 Espaço plural e democrático!
Chegando a casa falei para minha mãe que a entendia quando não queria ir até a lavanderia. E mais não disse.
O que isso tem em comum com a situação atual das ruas no Brasil?
O meu sentimento, a minha percepção, o meu olhar, o meu conhecimento, me revela uma grande, uma enorme lavanderia. Um monte de roupas sujas. Lavandeiras mil se acotovelando, cada uma com sua sujeira (bandeira) tentando dar um acabamento ao seu vestuário (desejo, objetivo, interesse). Esquecem o Sabão (solução). Não o trazem para a grande lavanderia.
Como a variedade é grande e depende da perspectiva de cada grupo, como nem pensaram em solução, como não há unidade e num ambiente assim nunca haverá, o movimento serve a muitos propósitos.
O primeiro é que haja o movimento. Não,  necessariamente, com algum objetivo. Qualquer um serve, pois é a “democracia” em curso. O momento, Copa das Confederações, véspera da visita Papal, véspera da Copa do Mundo e véspera de eleições, nem Maquiavel escolheria melhor... Com as pesquisas indicando vitória no primeiro turno. Com a certeza de que o Governo mesmo espicaçado até por juízes, conseguiu levar a contento as obras para os eventos. Com a vitrine mundial se abrindo para nossa economia. Com as conquistas internacionais de postos  na ONU por brasileiros elevando nosso prestígio no Mundo. Com Lula, deitando cátedra mundialmente. Com tudo isso, quem está perdendo no campo político(oposição e seus defensores) ou econômico(países que estão perdendo hegemonia sobre a  América do Sul) no mínimo tenta se aproveitar da ocasião e no máximo, me atrevo a dizer, fomentou esse movimento que não é espontâneo.
Outro propósito, para a grande massa, talvez seja mesmo a solução de vários problemas pontuais como o das tarifas. Como não trazem solução, só querem resultado, a resposta com alguma redução tenderá a resolver momentaneamente e dissolver o núcleo principal. O problema em si, que é o anacronismo corrupto que envolve esse tipo de concessão (e outros como as comunicações e mídias) não será resolvido.
A propósito dos problemas estruturais (corrupção, reforma política, melhor desempenho governamental nas áreas públicas) o movimento não sinaliza com qualquer tipo de solução sendo nesse sentido, são usados somente para “encher lingüiça” e dar corpo à pauta de reinvindicações.
Soluções que realmente mudem o Brasil? Levará tempo. Levará estudo. Levará união em torno de. Levará consciência geral muito desperta.  Não vejo nada disso. Vejo um imediatismo que não se concretizará e que serve somente para pressionar os governos. As soluções advindas de políticas açodadas nunca trouxeram bons resultados.
Temos uma base muito boa para iniciar essa ruptura com velhos problemas. O atual governo, quer queiram quer não, atacou alguns entraves ao desenvolvimento. A inflação, apesar da mídia e seus tomates, está sim controlada e o governo tem sim meios de mantê-la assim. Os juros altos, bandeira surrada por décadas por todos os partidos, foram sim atacados e resolvidos. Os problemas de infra estrutura estão sendo atacados da melhor maneira possível, nenhuma outra solução foi apontada. O PIB apesar de pequeno, é positivo contra os de outros países desenvolvidos que se apresentam de uma forma negativa com perspectiva longa para recuperação. Não temos desemprego alucinante. Estamos aumentando número de vagas universitárias e técnicas. Há programas disponíveis para municípios e estados melhorarem o desempenho de suas escolas. Na saúde nunca houve uma cobertura grátis para remédios tão grande como a atual. Se olharmos números, é insignificante o número de mortes por falta de atendimento, o que para mim ainda é muito gritante, mas não é a epidemia que a mídia pinta! A corrupção nunca foi tão escancarada pelas ações da polícia e nunca foi tão seletiva nas soluções pela Justiça em todos os níveis. A reforma política não será executada sem uma constituinte exclusiva, sem políticos de carreira e paraquedistas de última hora .
Por tudo isso acredito que sim é valido esse “chacoalhar” das estruturas como visível constrangimento de alto a baixo de todos os escalões políticos da nação, mas com apresentação de soluções senão...  
...vira uma imensa lavanderia como nos meus tempos de piá.
Sem apresentarem soluções melhores das que aí estão, esse movimento não me representa.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Você perdeu, Dilma! (parafraseando o "você perdeu playboy usado por assaltantes)


O teu mandato não deve passar do fim-do-ano. Se passar, não ganharás a eleição. Se ganhar, o STF te aplicará o golpe paraguaio.

Por que lhe digo isso Sra. Presidenta? Vejo além da prestidigitação que está ocorrendo. 

Senão vejamos. A Sra. Presidenta estava com a eleição ganha pelos seus méritos e ações firmes que esculhabaram as bandeiras da oposição (e seu braço armado com o lápis): desemprego, inflação, sub-desenvolvimento, juros altos, pacificação das favelas, combate sim de todas as corrupções (que a justiça teima em ser seletiva), o êxito na preparação dos Eventos mundiais e até, com a desoneração de impostos, a diminuição relativa da carga tributária. No dizer de alguns, só uma catástrofe lhe tiraria o segundo mandato.O
  mensalão, depois da prestidigitação midiática, está caindo na realidade e não será a catastrofe que lhe derrubará. Quem montou a pantomima se deu conta.   O feroz ataque ao ex-Presidente Lula, com o perdão da má palavra, brochou com algaravia do Mentiroso inicial do Mensalão do PTB que enrolou imprensa, justiça e partidos da oposição. Então a crucificação do Honnoris Causa Mundial, quiçá Premio Nobel da Paz, não será o tsunami que a derrubará.
A coisa está mais elaborada e terá sim a participação do povo. Já está tendo. Não sabem nem para que lado vão. Cercam-se de todo apoio possível, só demonstraram que se livraram da Globo por que ela no início, para respaldar a truculência do estado, combateu-os. Mesmo que o movimento amaine, o que não acredito, pois estão colocando fogo (literalmente) na fogueira, qualquer coisa será motivo para novas manifestações e o será num crescendo até as eleições, se como disse anteriormente, o STF não achar ou receber um mote via Mídia e Oposição (mesma coisa) antes disso. O Seu serviço de informação o que acha? Não há movimento suspeito de dólar entrando para essa garotada? Sabemos que agora (veja a cubana) a Cia financia blogueiros... Se o Obama pode, com respaldo da nossa midia, que tal dar uma olhada nas redes sociais...
Mas como disse ou deu a entender um amigo, pode ser só desvairios de um velho insone. Mas cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal e evitaram muita catástrofe (JK que o diga). Pegue emprestado a barba do teu padrinho e coloque-a de molho...

sábado, 15 de junho de 2013

EU TENHO ORGULHO.

EU TENHO ORGULHO. Assim gritado nos moldes da Internet.
Dicionário Houaiss.
n substantivo masculino
1     sentimento de prazer, de grande satisfação sobre algo que é visto como alto, honrável, creditável de valor e honra; dignidade pessoal, altivez
Ex.: Camões invoca as musas imbuído de sereno o., com o “saber da experiência feito“
1.1  atitude moral ou psíquica que afasta o indivíduo de práticas desonestas ou desonrosas
Ex.: ao final, o poeta implora “No mais, musa, no mais“, seu o. quase impedindo-o de narrar feitos indignos de um lusíada
2     Uso: pejorativo.
sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba, imodéstia
Ex.: alimentava-se de um o. ostensivo por ter suplantado o mestre
2.1  atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência
Ex.: aquele o. é típico de jovens inexperientes
3     Derivação: por metonímia.
aquilo ou aquele de que(m) se tem orgulho
Ex.: este cantinho é o seu o.
Orgulho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Orgulho (desambiguação).
Orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Em Português a palavra Orgulho pode ser vista tanto como uma atitude positiva como negativa dependendo das circunstâncias. Assim, o termo "pode" ser empregado de maneira errada tanto como sinônimo de soberba e arrogância quanto para indicar dignidade ou brio.
Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Ele deve existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, sendo visto apenas então como uma emoção negativa: a Arrogância.
Outras pessoas classificam o orgulho como exagerado quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.
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Eu sou muito orgulhoso.
Dias destes houve um movimento no face em que colocavam que não deveríamos ter orgulho pois era ruim. Faz parte de movimentos que tratam de deixar você mais atrelado ao complexo de vira-latas que eu chamo complexo de guaipeca(gauches= cão sem raça definido, até sarnento) . Ou seja quem nasceu guaipeca nunca chegará a ser um pedigri. E  aí veio um nordestino porreta faminto, apedeuta, que nos mostrou que mesmo guaipecas podemos ter orgulho.
Sou daqueles guaipecas encaniçados em roer ossos difíceis e fui aos amansa-burros.
 Orgulho nada tem de ruim.
Orgulho sadio que nos faz bem.
Orgulho que nos faz crescer.
 Orgulho de ver um trabalho nosso bem feito. 
Orgulho de nossa capacidade de empreender. 
Orgulho da nossa capacidade de ultrapassar outros países em índices, esportes, conquistas, beleza, inteligência e o que mais quiser medir.
Orgulho de não estar em crise, mesmo que tentem nos incutir.
Orgulho de estar com emprego quase pleno enquanto o mundo todo está tentando sair de problemas muito maiores.
Orgulho de estar superando crises quando o mundo desenvolvido está matando seus habitantes por amor ao dinheiro/capital.
Orgulho de ver problemas antigos, que nunca foram realmente atacados, serem resolvidos.
Orgulho de ter conquistado o direito de ter uma Copa das Confederações, uma  Copa do Mundo e uma Olimpíada, com todos os custos e, reciprocamente, todos os benefícios que elas trazem.
Orgulho de ter um governo que pensa como eu. Um governo que se eu tivesse tido em minha infância, ela seria menos dolorida.
Orgulho de poder enxergar que posso ter orgulho sim, pois estamos fazendo tudo o que podemos fazer e do melhor jeito mesmo contra a vontade de alguns.

Orgulho meus amigos, de nessa vida, ser Brasileiro e ver essas conquistas todas serem materializadas depois de anos sendo prometidas...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Isso não é Democracia.


Bagunça não é Democracia. Vandalismo não é Democracia. Violência não é Democracia. Descontrole não é Democracia. Teimosia não é democracia.
Isso tem outro nome: Guerra! E como em todas as guerras, a primeira vítima é a verdade. Onde está ela? Nos bagunceiros que esperam a ajuda da capa da multidão para depredar? Na polícia que sem nenhuma peia, “baixa a borracha/esprai/balas de borracha” a torto e a direito? Nas entrelinhas das notícias da Mídia? No atordoamento do Governo que não consegue ver direito o que acontece? Na posição “finca pé” dos Governos (municipal e Estadual)? Na posição “finca pé” do próprio movimento que se diz Democrata?
Quem perde com os Vinte Centavos?
Há muita coisa em jogo que só os vinte “centarros”. Véspera de Evento Mundial. Véspera de eleições. Quem perde com os vinte?
Vamos ver. A grande maioria dos usuários de transporte público é feita de trabalhadores. A grande maioria dos trabalhadores têm carteira assinada. Todos os trabalhadores com carteira assinada têm subsídio das empresas para a passagem. Esses não perdem.
Quem não trabalha mas tem mais de sessenta anos não paga passagem. Esses não perdem.
Quem usa pouco por não estudar ou não trabalhar, perde muito pouco.
Quem não trabalha com carteira assinada perde.
Estudante? Não sei em outras cidades na minha já ganham subsídio. Podem perder ou perder pouco.
Vamos ser democratas?
Querem condução pública livre, sem pagar nada? Não há almoço grátis! Alguém paga a conta. Ou será que a classe que a reivindica quer a sua bolsa família? Já que estão dando para os pobres por que não para mim? Há outros meios para se conseguir. Junte as assinaturas suficientes para alterar as leis e determinar que a locomoção em todo território nacional seja grátis ou subsidiada. O movimento é verdadeiramente legítimo? Se é, por que não retiram o movimento das ruas e passem a negociar, para que a violência cesse? Já deram mostras de seu “poder de fogo”. Já têm “cacife” para bancar uma negociação em igualdade de condições.
O governo municipal quer ser democrata? Fez o que tinha que ser feito? Precisava ser agora? O desconfiômetro não estava ligado quanto as reivindicações que já tinham surgido em Porto Alegre? Com a proximidade da Copa das Confederações era tragédia anunciada! Falta de tato! Não querem que a violência prossiga? Retirem o aumento. Negociem. Se comprometam! Não se escudem em meias verdades. Procurem a verdade inteira.
O meu pensar.

Há uma orquestração em marcha e isso é visível a olhos nus. Lembra muito outras “reivindicações”:  uma marcha que só queria Deus, Família e Liberdade. Lindo não é? Deu no que deu! Ganharam a reinvindicação ficaram com Deus, sem Família e sem Liberdade. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Prefeituras e Movimentos Sociais ganham mais uma opção para levar internet à população

Pode apostar que irei atrás disso. Vou pedir ajuda aos amigos universitários...

Blog da Helena — Rede Brasil Atual via Os amigos do Presidente LULAsexta-feira, 7 de junho de 2013

Prefeituras e Movimentos Sociais ganham mais uma opção para levar internet à população

A Anatel deu mais passo para a banda larga chegar a todos os brasileiros. Aprovou na quinta-feira (06) novo regulamento que autoriza Prefeituras, entidades da administração pública direta ou indireta e organizações sem fins lucrativos a levar acesso à internet por banda larga diretamente à população, sem depender de contratar uma empresa autorizada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Grandes cidades, em geral, já tinham empresas municipais de Tecnologia de Informação aptas a serem habilitadas pela Anatel, ou tem vários fornecedores especializados para contratar por licitação. Mas pequenos municípios não tem essa estrutura, mal tendo um departamento de informática. Agora a própria prefeitura pode habilitar-se diretamente.

Movimentos sociais, como associações comunitárias e ONG's também podem fazer o mesmo.

Para as prefeituras e essas entidades, a Anatel oferece a licença do Serviço Limitado Privado (SLP), ao custo bastante acessível de R$ 400,00 (o mesmo valor da licença para pequenos provedores comerciais, aprovado no mês passado).

O Serviço Limitado Privado era restrito à uma rede de comunicação fechada a um grupo, não podendo ser interligada a redes externas como a internet. O uso mais comum deste serviço até hoje é o de rádio-táxi. Agora a Anatel permitiu a abertura deste serviço para banda larga às entidades públicas e sem fins lucrativos, para expandir a inclusão digital.

A decisão atende também ao programa Cidades Digitais, coordenado pelo Ministério das Comunicações, que tem como um dos objetivos o acesso da população aos serviços de governo eletrônico e a ampliação de pontos de acesso público à internet em praças, rodoviárias, órgãos públicos e outros espaços.

A medida deve beneficiar, sobretudo, municípios, distritos e comunidades mais pobres ou menores, onde a internet disponível é precária ou inacessível na prática para a maioria da população.

Leia também:

A revolução silenciosa dos pequenos provedores de banda larga

terça-feira, 4 de junho de 2013

“Deus não morreu, ele se tornou dinheiro”


03 junho 2013





Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942.
É um dos principais intelectuais de sua geração,
autor de muitos livros e responsável pela
edição italiana das obras de
Walter Benjamin (Foto: Arquivo)

“Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro”. Confira abaixo a excelente entrevista com Giorgio Agamben, um dos principais intelectuais de sua geração

Pragmatismo Político

“O capitalismo é uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro”, afirma Giorgio Agamben, em entrevista concedida a Peppe Salvà.

Giorgio Agamben é um dos maiores filósofos vivos. Amigo de Pasolini e de Heidegger, foi definido pelo Times e pelo Le Monde como uma das dez mais importantes cabeças pensantes do mundo. Pelo segundo ano consecutivo ele transcorreu um longo período de férias em Scicli, na Sicília, Itália, onde concedeu a entrevista.

Segundo ele, “a nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governabilidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas”. Assim, “a tarefa que nos espera consiste em pensar integralmente, de cabo a cabo, aquilo que até agora havíamos definido com a expressão, de resto pouco clara em si mesma, “vida política”, afima Agamben.

A tradução é de Selvino J. Assmann, professor de Filosofia do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC [e tradutor de três das quatro obras de Agamben publicadas pela Boitempo].

“Crise” e “economia” atualmente não são usadas como conceitos, mas como palavras de ordem, que servem para impor e para fazer com que se aceitem medidas e restrições que as pessoas não têm motivo algum para aceitar. “Crise” hoje em dia significa simplesmente “você deve obedecer!”. Creio que seja evidente para todos que a chamada “crise” já dura decênios e nada mais é senão o modo normal como funciona o capitalismo em nosso tempo. E se trata de um funcionamento que nada tem de racional.

Para entendermos o que está acontecendo, é preciso tomar ao pé da letra a ideia de Walter Benjamin, segundo o qual o capitalismo é, realmente, uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro. Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro. O Banco – com os seus cinzentos funcionários e especialistas – assumiu o lugar da Igreja e dos seus padres e, governando o crédito (até mesmo o crédito dos Estados, que docilmente abdicaram de sua soberania), manipula e gere a fé – a escassa, incerta confiança – que o nosso tempo ainda traz consigo. Além disso, o fato de o capitalismo ser hoje uma religião, nada o mostra melhor do que o titulo de um grande jornal nacional (italiano) de alguns dias atrás: “salvar o euro a qualquer preço”. Isso mesmo, “salvar” é um termo religioso, mas o que significa “a qualquer preço”? Até ao preço de “sacrificar” vidas humanas? Só numa perspectiva religiosa (ou melhor, pseudo-religiosa) podem ser feitas afirmações tão evidentemente absurdas e desumanas.

A crise econômica que ameaça levar consigo parte dos Estados europeus pode ser vista como condição de crise de toda a modernidade?


A crise atravessada pela Europa não é apenas um problema econômico, como se gostaria que fosse vista, mas é antes de mais nada uma crise da relação com o passado. O conhecimento do passado é o único caminho de acesso ao presente. É procurando compreender o presente que os seres humanos – pelo menos nós, europeus – são obrigados a interrogar o passado. Eu disse “nós, europeus”, pois me parece que, se admitirmos que a palavra “Europa” tenha um sentido, ele, como hoje aparece como evidente, não pode ser nem político, nem religioso e menos ainda econômico, mas talvez consista nisso, no fato de que o homem europeu – à diferença, por exemplo, dos asiáticos e dos americanos, para quem a história e o passado têm um significado completamente diferente – pode ter acesso à sua verdade unicamente através de um confronto com o passado, unicamente fazendo as contas com a sua história.”
Entrevista Completa, ::AQUI::

Via Brasil! Brasil!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O que está acontecendo em Istambul? Para meus amigos que moram fora da Turquia:

O que está acontecendo em Istambul?
01/06/2013 por Sumandef


Para meus amigos que moram fora da Turquia:

Estou escrevendo para que vocês saibam o que está acontecendo em Istambul nos últimos cinco dias. Eu, pessoalmente, preciso escreve-lo, porque a maioria das fontes de mídia foram fechadas pelo governo, e o boca a boca e a internet são as únicas formas que restam para explicar o que está acontecendo e pedir ajuda e apoio.

Quatro dias atrás, um grupo de pessoas que não pertencem a nenhuma organização ou ideologia específica se reuniram no Parque Gezi em Istambul. Entre eles, havia muitos dos meus amigos e alunos. A razão era simples: Para prevenir e protestar contra a iminente demolição do parque por causa da construção de mais um shopping no centro da cidade. Existem inúmeros shopping centers em Istambul, pelo menos um em cada bairro! A demolição das árvores estava marcada para começar no início da manhã de quinta-feira. As pessoas foram para o parque com seus cobertores, livros e crianças. Eles armaram as suas tendas e passaram a noite sob as árvores. No início da manhã, quando os tratores começaram a puxar as árvores de cem anos de idade para fora da terra, as pessoas se colocaram entre as árvores e os tratores para interromper a operação.


Eles não fizeram nada além de se colocar em pé na frente das máquinas.

Nenhum jornal, nenhum canal de televisão estava lá para relatar o protesto. Foi um black out completo de mídia.

Mas a polícia chegou com os veículos de canhão de água e spray de pimenta. Eles perseguiram as multidões para fora do parque.

À noite, o número de manifestantes se multiplicou. Assim como o número de forças policiais ao redor do parque. Enquanto isso, o governo local de Istambul fechou todos os caminhos que levam à praça Taksim, onde o Parque Gezi está localizado. O metrô foi fechado, as barcas foram canceladas, estradas foram bloqueadas.

No entanto, mais e mais pessoas se dirigiram até o centro da cidade a pé.

Eles vieram de todo Istambul. Eles vieram de todas as origens, diferentes ideologias, diferentes religiões. Todos eles se reuniram para impedir a demolição de algo maior do que o parque:

O direito a viver como cidadãos honrados deste país.

Eles se reuniram e marcharam. A polícia perseguiu-os com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo e dirigiu seus tanques para cima das pessoas que em troca ofereciam comida à polícia. Dois jovens foram atropelados pelos tanques e foram mortos. Outra jovem, uma amiga minha, foi atingida na cabeça por uma das bombas de gás lacrimogêneo. A polícia estava atirando diretamente contra a multidão. Após uma operação de três horas ela ainda está na Unidade de Terapia Intensiva e em estado muito crítico. Enquanto escrevo isto, não sabemos se ela vai conseguir sobreviver. Este blog é dedicado a ela.

Essas pessoas são meus amigos. Eles são meus alunos, meus parentes. Eles não têm «agenda escondida» como o estado gosta de dizer. Sua agenda está lá fora. É muito clara. O país inteiro está sendo vendido para as empresas pelo governo, para a construção de shoppings, condomínios de luxo, estradas, barragens e usinas nucleares. O governo está procurando (e inventando quando necessário) qualquer desculpa para atacar a Síria contra a vontade do povo.

Acima de tudo isso, o controle governamental sobre a vida pessoal de seu povo tornou-se insuportável afinal. O Estado, sob sua agenda conservadora, passou muitas leis e regulamentos relativos ao aborto, parto com cesariana, venda e uso de álcool e até mesmo a cor do batom usado pelas aeromoças.

As pessoas que estão marchando para o centro de Istambul estão exigindo seu direito de viver livremente e receber justiça, proteção e respeito do Estado. Eles exigem estar envolvidos nos processos de tomada de decisão sobre a cidade em que vivem.

O que eles receberam em retorno é a força policial abusiva e enormes quantidades de gás lacrimogêneo disparado diretamente em seus rostos. Três pessoas perderam seus olhos.

No entanto, eles ainda marcham. Centenas de milhares se juntam a eles. Alguns milhares de pessoas atravessaram a Ponte Bósforo a pé para apoiar o povo de Taksim.

Nenhum jornal ou canal de TV estava lá para relatar os acontecimentos. Eles estavam ocupados com a transmissão de notícias sobre Miss Turquia e "o gato mais estranho do mundo".

A polícia continuou perseguindo as pessoas e jogando spray de pimenta a tal ponto em que cães e gatos de rua foram envenenados e morreram por causa dele.

Escolas, hospitais e até hotéis 5 estrelas em todo o Taksim Square abriram suas portas para os feridos. Os médicos encheram as salas de aula e quartos de hotel para prestar os primeiros socorros. Alguns policiais se recusaram a jogar gás lacrimogêneo sobre pessoas inocentes e abandonaram seus empregos. Ao redor da praça, colocaram bloqueadores de rede para evitar conexão com a internet e as redes 3G foram bloqueados. Moradores e empresas da região disponibilizaram sua internet Wifi pessoal para as pessoas nas ruas. Restaurantes ofereceram água e comida de graça.
Pessoas em Ankara e Izmir se reuniram nas ruas para apoiar a resistência em Istambul.

A grande mídia continua mostrando a Miss Turquia e "o gato mais estranha do mundo".

***

Estou escrevendo esta carta para que você saiba o que está acontecendo em Istambul. A mídia não lhe dirá nada disso. Não no meu país pelo menos. Por favor, poste tantos artigos quanto você encontrar na internet sobre isso como modo de espalhar as notícias.

Como eu estava postando artigos que explicam o que está acontecendo em Istambul em minha página do Facebook na noite passada, alguém postou a seguinte pergunta:

«O que você está esperando ganhar reclamando sobre o nosso país aos estrangeiros?»

Este blog é a minha resposta a esta pessoa.

Por «reclamar» de meu país, espero ganhar em retorno:

Liberdade de expressão e discurso,

Respeito pelos direitos humanos,

O controle sobre as decisões que tomo em relação ao meu e sobre o meu corpo,

O direito de me reunir legalmente em qualquer parte da cidade sem ser considerado um terrorista.

Mas acima de tudo por fazer chegar estas palavras a vocês, meus amigos que vivem em outras partes do mundo, eu estou esperando despertar a sua consciência, e conseguir apoio e ajuda!

Por favor, espalhe estas palavras e compartilhe este blog.

Obrigado!

Para maiores informações e coisas que você pode fazer para ajudar, consulte a Emergência da Anistia Internacional para Ajuda Urgentehttp://humanrightsturkey.org/2013/06/01/abuses-against-protestors-in-turkey-amnesty-calls-for-urgent-action/

Extraído do post http://defnesumanblogs.com/2013/06/01/what-is-happenning-in-istanbul/

As escolhas de Dilma na economia

domingo, 2 de junho de 2013

As escolhas de Dilma na economia



Jorge Alaminos/Rebelión
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

As notícias que chegam dos correspondentes de Carta Maior na Europa formam um denso exclamativo de alerta.

A austeridade estala o relho do desemprego nas costas de quase 27 milhões de pessoas no continente –mais de 19 milhões só na zona do euro.

Um círculo vicioso de arrocho social, demência fiscal e privilégio às finanças escava o fundo do abismo.

Aleija o Estado; esquarteja o tecido social.

A fome está de volta numa sociedade que imaginava tê-la erradicado com a exuberância da política agrícola do pós- guerra, associada à rede de proteção do Estado social.

Quem não se lembra das montanhas de manteiga e trigo?

Inútil é a opulência quando a repartição se faz pela supremacia dos mercados desregulados.

Que meio milhão de pessoas passem fome no coração financeiro da Europa, como informa o correspondente em Londres, Marcelo Justo, nesta pág, deveria ser suficiente para afastar as ilusões na ‘solução ortodoxa’ para a crise sistêmica do capitalismo desregulado.

Mas a história não segue uma lógica moral; tampouco é imune a retrocessos.

A calibragem fina entre a barbárie e a libertação humana não está prevista nos manuais de economia.

Esse apanágio pertence à democracia.

Vale dizer, ao movimento das gigantescas massas de forças acumuladas na caldeira social de cada época.

A esquerda europeia, ao longo dos últimos 30 anos, jogou água fria no vapor.

Sua rendição histórica representa hoje o chão firme em que prospera a restauração conservadora.

A regressividade econômica se faz acompanhar da contrarrevolução sempre que a esquerda troca a resistência pela adesão à lógica cega dos mercados.

Os paralelepípedos de Paris assistem, estarrecidos, às marchas extremistas contra os direitos das minorias --num ensaio de assalto aos das maiorias, patrocinado pela tibiez do governo Hollande.

A França vive o seu ‘Maio de 68 de direita’.

Quem avisa, nesta pág, é o experiente jornalista Eduardo Febbro, correspondente de Carta Maior que tem o olho treinado na cobertura de grandes levantes sociais do Oriente Médio à América Latina.

A exceção alemã, ademais de suspeita num continente devastado, assenta-se em mecânica perversa.

Frau Merkel gaba-se de ter acrescentado 1,4 milhão de vagas ao mercado de trabalho germânico no século 21.

O feito encobre uma aritmética ardilosa.

Desde 2000, a classe trabalhadora alemã perdeu 1,6 milhão de empregos.

Vagas de tempo integral, com direitos plenos.

Substituídas por 3 milhões de contratações em regime precário, de tempo parcial.

O salário mínimo (hora/trabalho) do semi-emprego alemão só não é pior que o dos EUA de Obama.

É no alicerce das ruínas trabalhistas que repousa o sucesso das exportações germânicas, cantadas em redondilhas pelo jogral conservador aqui e alhures.

Exportando arrocho, o colosso alemão consegue vender mais do que consome internamente.

A fórmula espalha desemprego e ‘bons exemplos’ ao resto do mundo.

O ‘modelo alemão’, ademais, traz no DNA a singularidade que o torna inimitável: se todos acionarem o moedor de carne de Frau Merkel, quem vai comprar o excesso de salsicha?

O fundo do poço, enevoado neste caso pelo lusco-fusco da retomada norte-americana contrastada pela desaceleração asiática, é o ponto mais perigoso da crise. De qualquer crise.

As fragilidades estão no seu nível máximo.

E sempre surge alguém para propor que a hora é de escavar o porão com mais arrocho e desmanche social.

Roosevelt ouviu os conselhos dos ‘austeros’, em 1937, quando a economia dos EUA começava a respirar. O rebote depressivo foi tão longe que dele o país só saiu com o keynesianismo de guerra.

O próprio FMI alerta : nas condições atuais, cada unidade adicional de austeridade produz duas vezes mais decrescimento, do que no início do ‘ajuste’.

A ortodoxia acha que nada disso vale para o Brasil.

O país ingressa nesse capítulo do colapso neoliberal equilibrado em trunfos e flancos significativos.

Sua engrenagem econômica se ressente da mortífera sobrevalorização cambial que inibe exportações e transfere demanda para o exterior; as contas externas padecem, ademais, com a erosão nas cotações das commodities; o parque industrial retraído e defasado tecnologicamente é acossado pela invasão dos importados.

A determinação central, porém, é a luta pelo poder.

A disputa eleitoral de 2014 comanda o relógio dos mercados.

Os ponteiros do capital buscam candidaturas ‘amigáveis’.

Não investir na ampliação da oferta, capaz de domar a inflação, faz parte da campanha.

‘Culpa das incertezas’, justifica a mídia obsequiosa.

A mesma que encoraja a retranca aos investidores:

“Não façam agora o que poderá ser feito depois, lubrificado por ‘reformas desregulatórias’, caso a Dilma intervencionista seja derrotada”.

O BC endossa o cantochão.

Se não há investimento para atender a demanda, o equilíbrio virá pelo arrocho.

Pau nos juros.

A negociação do futuro não pode ficar restrita ao monólogo entre o mercado e o diretório do BC.

O saldo é mundialmente conhecido. As ruas da Europa dão seu testemunho.

O falso ‘remédio’ agrava a doença e calcifica o recuo do investimento.

Tudo adornado pela guarnição sabida: angu de desemprego com caroço de atrofia fiscal.

Perigosamente ilusória é a hipótese de curar essa indigestão com saltos nas grandes obras públicas.

O retrospecto não endossa a expectativa.

O Brasil já tem uma parte daquilo que as nações buscam desesperadamente.

O singular trunfo brasileiro é o binômio ‘pleno emprego e demanda popular de massa’, parcialmente ancorado no Real 'forte'

Foi ele que protegeu o país da crise até agora.

É preciso erguer linhas de passagem para um novo ciclo. Mas essa é uma tarefa política e não contábil.

Se não dilatar o espaço da política na condução da economia, o governo corre o risco de perder o que já tem, sem obter o que a ortodoxia lhe promete.

Ao contrário da Europa, o Brasil tem forças sociais organizadas; suas centrais sindicais e a inteligência progressista dispõem de propostas críveis e sensatas.

Não foram desmoralizadas pela rendição ao neoliberalismo.

O governo construiu sólidas políticas sociais, ademais de estruturas de Estado para ampliá-las.

O conjunto permite à Presidenta Dilma negociar rumos e metas do desenvolvimento com a sociedade; bem como preservar seu mercado de massa com o reforço nas políticas sociais.

Acreditar que a ação do BC será suficiente para reordenar a economia no rumo dos investimentos é terceirizar o país à lógica conservadora, até agora restrita à exortação midiática.

Política é economia concentrada.

O governo Dilma tem escolhas a fazer. E legitimidade para exercê-las.

É a hora.

Postado por Miro

Touradas


domingo, 2 de junho de 2013

Touradas


A alma ibérica se divide em duas, uma mais caliente e a outra menos. Portugal é uma Espanha ponderada. A divisão está evidente na tourada, essa metáfora para todas as dicotomias humanas. Na Espanha matam o touro, em Portugal apenas o irritam. Ainda não se chegou a um acordo sobre o quê, exatamente, toureiro e touro simbolizam.
A metáfora não é clara. Razão x instinto? Cultura x natureza? Civilização x força bruta? Ou — como li em algum lugar — tudo não passa de um ritual de sedução, com o Homem subjugando a Mulher, a Besta Primeva e todos os seus terrores, numa espécie de tango sangrento em que não falta uma penetração no fim?
Ou o toureiro gracioso é a mulher estilizada e o touro resfolgante uma paródia de homem? Enfim, seja o que for que se decide numa arena de touros, os espanhóis terminam o ritual, os portugueses deixam pra lá.
Na Argentina, os líderes militares da época da repressão foram processados e as atrocidades cometidas pela ditadura punidas, ou pelo menos amplamente discutidas. No Chile, aos poucos a história ainda mal contada do governo Pinochet se incorpora à história oficial do país — para ser reconhecida e expiada, para que reconciliação não signifique absolvição e para que nunca mais se repita.
No Brasil, a repressão foi menos assassina do que na Argentina e no Chile — se é que se pode falar em graduações de barbaridade — e ninguém ainda teve que dar muitas explicações. No caso, a simpática irresolução portuguesa desserve a História. Pois, se o touro continua vivo, o que há para expiar? Aqui, até agora, venceu o deixa-pra-lá-ismo.
Já que temos que ser ibéricos, o que é melhor, ser português ou espanhol? Os espanhóis parecem viver mais perto do coração selvagem da vida. Os portugueses preferem menos drama e menos sangue.
Voltando ao touro: uma tourada espanhola sempre acaba com o animal morto, com uma resolução. Uma tourada portuguesa pode ser um espetáculo emocionante, mas o touro sobrevive e nada se resolve. E ainda se discute se convém irritar o touro.
Luís Fernando Veríssimo

sábado, 1 de junho de 2013

De eleições, de moscas azuis, de candidatos fabricados, de democracia...

#PSDBNuncaMais bombou na internet
Por Altamiro Borges
O programa do PSDB em rede nacional de rádio e tevê na quinta-feira (30), que cinicamente apresentou os tucanos como campeões da justiça social no país, recebeu uma resposta incisiva dos internautas. Na mesma noite e no dia seguinte, a hashtag "psdbnuncamais" bombou nas redes sociais e ocupou os primeiros lugares do "Trending Topics Brasil". O fato curioso foi registrado até pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha.
O colunista do jornal tucano ainda tentou desqualificar a iniciativa, afirmando que "a hashtag foi articulada de maneira bem organizada por militantes ou simpatizantes petistas, incluindo o próprio perfil do PT". Pouco depois, ele mesmo corrigiu a sua incorreta informação. "O blog esclarece que o perfil @ptnacional não é o oficial do PT. É do PT, como está escrito, no sentido de ser alimentado por simpatizantes da legenda".
Para o jornalista da Folha, o surpreendente sucesso da hashtag "psdbnuncamais" deveria servir de alerta aos tucanos: "Fica claro que o PSDB e Aécio Neves têm de se preparar mais para entrar no ringue das redes sociais contra os petistas, um grupo muito mais coeso e preparado para esse tipo de embate".
Também deveria servir para mostrar que internautas não são bobos e não aceitam as bravatas da legenda, conhecida por sua visão elitista e antidemocrática, contrária aos anseios populares.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------Do Nordeste vem o novo color. Não mais caçando marajás, mas mirando no "podemos fazer mais". Eduardo mordido (nem é picado) por várias moscas azuis que lançam de todas as formas de sedução para balão de ensaio (mídia) para ver em quem apostar, engole a isca e não se dá conta do engodo montado para atraí-lo qual mariposa na luz da mídia! Tiro no pé!
Marina? Perdeu-se nos emaranhados do cipoal em que se embretou. Nem falo que está "enredada" (sic)! 
Carece de envergadura. É muito menor do que pensa. Os rastros deixados não a favorecem! Já foi mais endeusada via tempo na mídia. Ostracismo. Tiro no Pé!
Pó pará(a) senador é o que mais tem apoio da mídia. Mesmo tendo restrições do "mais preparado" segundo o próprio. Arrisca tudo numa campanha que o STE não vislumbra. O que as redes super/mega/midiáticas montaram quando o índice de inflação ultrapassou  o 0,01% da meta de inflação e que não se sustentou, não foram vistos pelo STE como propaganda política. Aliás, as Superiores e Supremas cortes não vêm nada do outro lado. No Mensalão enxergaram coisas que não existiram. O Aécio Neves enredado com desvio ( dez vio a justiça não) de 4,3 bilhões de reais da saúde de Minas que evaporaram (sairam de uma conta como se fosse para outra e não apareceram na outra) vem para a tv e diz que vai mudar a Saúde nacional! Tiro no pé!
Outro Balão de ensaio midiático foi o carioca Cabral. Anteviu que ficaria manco e  caiu fora...
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Assim além de estarem fazendo um monte de mancos, a mídia estará jogando tudo no próximo ano. Deste ano dependerá sua sorte e de seus financiadores (os donos das senzalas). Não têm projeto político que consiga empatar com o que está aí. No artigo acima, ao invés do Jornalista exortar a oposição a centrar seu poder de fogo em programas que superem os que estão aí, pede que ela mire os eleitores e os combata (elimine?/neutralize?)! 

O Doutor Honnoris Causa por N+3 ( mais três universidades da américa do sul darão o título) Universidades, com suas posições óbvias, navegando soberano no mar político do Brasil, sem ninguém que lhe faça sombra... Por suas próprias força interiores e por total incompetência da oposição política e midiática. 

A fábula da agropecuária e o pibinho


Li no Brasil! Brasil! Gostei! Reproduzi!
31 maio 2013



Rui Daher, Terra Magazine / Blog do Rui Daher
“Mesmo quando não terminam em animados rega-bofes, nas palestras sobre agropecuária muitos convidados costumam levar esposas e filhos.

Na semana passada, numa dessas conversas, em Cascavel (PR), notei a presença de muitas mulheres e crianças e, ao descrever as perspectivas do Brasil naquele setor e seu protagonismo no planeta, falei que o futuro daqueles meninos e meninas estava garantido.

Seria uma geração muito mais próspera e feliz do que a de seus pais, a minha ou a de meus ancestrais.

Espanto! Afinal, todos ali vinham há alguns meses sendo massacrados pelas folhas e telas cotidianas com notícias desastrosas sobre o País.

Baixo crescimento, inflação, juros subindo, endividamento. Não acredito que o façam, mas pior seria se lessem The Economist ou Financial Times, que decretaram, assim como alguns colunistas nacionais, que mais uma vez morreremos na praia.

A economia pode ser entendida através de números, índices e equações várias. Determinarão algumas coisas, sem dúvida. Nem sempre corretas ou posteriormente confirmadas. Certeza mesmo, só de trazerem boa remuneração aos que tratam disso.

Outros, mais pretensiosos ou vigaristas, como muitos podem achar de mim, sairão dos números para os odores sociais, políticos e até mesmo econômicos. Estes últimos comreservas.

Por exemplo, se somarmos as recuperações norte-americana e japonesa e delas descontarmos a esperada e necessária desaceleração chinesa e a estagnação europeia não voltaremos ao mesmo planeta econômico que tínhamos antes da crise de 2008? A OCDE prevendo 3,1% para o crescimento mundial é ruim? A África crescendo entre 5% e 6% é um desastre?

Mais: se considerarmos os destroços no primeiro trimestre deste ano depois de um pibinho somente 0,6% maior, alardeados em folhas e telas cotidianas, o que diremos do 1,6% da China, com toda a sua fama de futura maior potência mundial?

O desastre não está aí. Economias capitalistas fazem saltitar entre os países seus ciclos de crise. Desde os anos 1980 do século passado, gesta fundamental transição na hegemonia do poder no planeta. A primeira depois da que se seguiu às duas Guerras Mundiais.


Nessa transição os fatores para o Brasil se consolidar como economia desenvolvida e sustentável estão explícitos e são irreversíveis.


Não será o “inesperado” (0,9% o esperado; baita diferença) baixo crescimento do PIB em um trimestre que irá anular esse futuro. Ou o terror inflacionário que serve a interesses políticos mais do que aos fundamentos da precificação.


Folhas e telas cotidianas, assim como economistas interessados em fazer crescer seus ganhos financeiros ou de seus patrões, não sabem o mal que fazem à realidade dos brasileiros.


E se assim é, naquela região responsável por tanta produtividade na “fabricação” de alimentos, por que não contar àqueles jovens e crianças uma fábula que inverte o pobre destino que querem dar ao Brasil?


Uma fábula que vai se mostrando cada vez mais real. Não foi de 9,7% sua colaboração para o pibinho?”

Extermínio de ornitorrincos no Brasil




Blog do Emir Sader

As coisas funcionam assim:


Um domingo a Veja denuncia que o governo teria pronto um plano para eliminar todos os ornitorrincos do território nacional.

À noite, o Fantástico, com uma reportagem cheia de detalhes, dando a impressão que já a tinha preparada, rogando aos espectadores para que façam algo para parar o extermínio. E, enquanto soa uma música dramática de fundo, diz que não façam por cada um de nós, mas pelos ornitorrincos.

No dia seguinte, a Folha intitula: "Feroz investida do governo contra os ornitorrincos". "Ameaça de extinção"

Na terça, o Jô coloca a pergunta: Vão desaparecer os ornitorrincos? Como os brasileiros não reagem frente à extinção dos ornitorrincos?

Miriam Leitão (alteração minha pois não precisamos tripudiar) fala da escassez dos ornitorrincos, com seus reflexos na inflação e na pressão para novo aumento da taxa de juros.

FHC escreve sobre a indiferença do Lula e a incompetência gerencial do governo para proteger a vida de um animal que marcou tão profundamente a identidade nacional como o ornitorrinco.

Aécio diz que está disposto a por em prática um choque de gestão, similar ao que realizou em Minas, onde a reprodução dos ornitorrincos está assegurada.

Marina diz que a ameaça de extinção dos ornitorrincos é parte essencial do plano do governo da Dilma de extinção do meio ambiente. Que assim que terminar de conseguir as assinaturas para ser candidata, vai apelar a organismos internacionais a que intervenham no Brasil para evitar a extinção dos ornitorrincos.

Marcelo Freixo denuncia que são milícias pagas pelo governo os que estão executando, fria e sistematicamente, os ornitorrincos.

Em editorial, o Estadão afirma que o extermínio dos ornitorrincos faz parte do plano de extinção da imprensa livre no Brasil e que convocará reunião extraordinária da SIP para discutir o tema.

Um repórter do Jornal Nacional aborda o ministro da Agricultura, perguntando os motivos pelos quais o governo decidiu terminar com os ornitorrincos, ao que o ministro, depois de olhar o microfone, para saber se é do CQC, respondeu: Mas se aqui não há ornitorrincos! O repórter comenta para a câmera: No governo não querem admitir a existência do plano de extermínio dos ornitorrincos, que já está sendo posto em prática.(grifo meu)

Começam a circular mensagens na internet, que dizem: "Hoje todos somos ornitorrincos" e "Se tocam em um ornitorrinco, tocam a todos nós".

Heloisa Helena declara que os ornitorrincos são só o princípio e que o governo não tem limites na sua atuação criminosa, os coalas e os ursos pandas que se cuidem.

Uma ONG com sede em Washington lança uma campanha com o lema: "Fight against Brazilian dictatorship!! Save the ornitorrincs!!"

O Globo, Folha e o Estadão com a mesma manchete: Sugestivo silêncio da presidente confirma culpabilidade.

Colunista do UOL diz que, de fonte segura, lhe disseram que o governo, diante da péssima repercussão do seu plano de exterminar os ornitorrincos, decidiu retroceder.

Todos os jornais editorializam, no final da semana, que os ornitorrincos do Brasil estão salvos, graças à heroica campanha da imprensa livre.

(Este artigo é a simples tradução e adaptação dos nomes para personagens locais, de um texto que corre nas redes da Argentina. As coisas funcionam assim lá e aqui)

Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP - Universidade de São Paulo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Reflexo Condicionado ou você é um “sheeple”?



Não muito antigamente, para ser preciso, na década de sessenta, se não me engano, me chegou , através dos medias disponíveis na época ou mais precisamente através da escola, com o vagar correspondente, a notícia que após extenuantes experiências, o cientista  russo Pavlov demonstrou que os animais podiam responder aos estímulos sonoros para receberem comida. Chamaram isso de reflexo condicionado. Deixavam de se alimentar do modo natural – quando tinham fome – para responder única e exclusivamente aos estímulos sonoros. Salivavam intensamente quando os ouviam!
Trazendo isso para meu convívio, toda vez que faço ruído com panelas os meus cuscos ( gauchês = cães) se alvoroçam! Da mesma forma quando os meus gatos ouvem os apitinhos irritantes do microondas avisando que o tempo programado terminou e o alimento está quente,  saltam de onde estiverem e vêm reclamar atenção para a comida deles como se eu só lhes desse comida nesses instantes... Não lembram, nem os cães e nem os gatos,  que a primeira coisa que faço ao levantar e depois de minhas abluções matinais é deles que me ocupo.


Vamos trazer isso, reflexo condicionado, para a área da Comunicação das mídias atuais. Estes dias no blog do meu amigo Paulo Gurgel no Blog EntreMentes, trouxe um neologismo inglês que demonstra bem o que quero transmitir. É o efeito manada. O Maria vai com as outras onde as pessoas, condicionadas, esquecem de: pesquisar, usar seu senso crítico, usar da lógica, usar sua inteligência para questionar, ver até onde a verdade que é apresentada é uma verdade ou uma falácia.  Esquecem das três perguntas que balizam a Ética: Posso? Devo? Quero? Ao esquecer de questionar, ficam vulneráveis ao sentimento que as mídias querem passar e, como num rebanho estourado, saem a verberar o que ouviram. São verdadeiros  “sheeples”. Eis o texto:

21 maio, 2013


Sheeple
Do inglês sheep (ovelha) + people (pessoas).
É um termo pejorativo que atribui o comportamento de rebanho de ovelhas a pessoas que simplesmente acreditam no que é dito, sem um estudo sério sobre o assunto, e principalmente se for veiculado pelos grandes canais de mídia. O termo é muito utilizado nos cenários político e religioso.” E para ilustrar colocou  ilustração que dá bem a idéia de formadores de opinião se transformando em mais um na
manada :

Para terminar, uma perguntinha:
Você saliva ao ouvir o Plim-plim?