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FINALMENTE APOSENTADO, COM NOVO ÂNIMO E FÔLEGO RENOVADO, SEM DORES MAS COM ALGUMAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MUITA CRENÇA NO PROPÓSITO COLOCADO: MELHORAR O NOSSO MUNICÍPIO











O que significa ITAARA. Diferentemente do que pensam e escreveram no Site da Prefeitura, no Jornal Aguas da Serra e em alguns Sites, a nossa opinião é que o significado real do nome Tupy-Guarany ITA+ARA é Pedra dos Papagaios: Ita=Pedra + Ara=Ave da família dos Psitacídios(Araras, papagaios, periquitos, caturritas, jandaias, maritacas, etc).







Então diretamente da Pedra dos Papagaios iremos colocar assuntos de relevância para o município.





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sexta-feira, 8 de março de 2013

Minha homenagem às mulheres na pessoa de minha Mãe


Requentando matéria publicada no blog do Senta a Pua, por não ter nada mais a acrescer em loas às mulheres...quinta-feira, 8 de março de 2012


Minha homenagem às mulheres na pessoa de minha Mãe

Fosse viva, minha mãe estaria completando 108 anos hoje, DIA INTERNACIONAL DA MULHER! Mulher de muitos conhecimentos, teve nove filhos e criou mais uma desde tenra idade. No seu currículum ainda podemos colocar mais a criação de uma neta. Mas não é isso que faz dela uma pessoa que possa ser representante das mulheres atuais. Alfabetizada em polonês, adquiriu o gosto pela leitura ainda jovem quando lia para seu pai, no interior do Município de Ijuí, no lugarejo chamado Alto da União. O seu pai, homem letrado e ávido por livros e por notícias, assinava naquele fim de mundo, o jornal Correio do Povo, ainda na sua vestimenta cor-de-rosa. Isso lhe deu conhecimento das novidades, das falcatruas políticas, dos progressos e a enveredou pelo pelos clássicos literários da época. Transmitiu-nos, a todos, o gosto pela leitura e o entendimento do que se lia. Todos, ou quase, os seus filhos foram alfabetizados por ela. Já sabíamos contar até cem, algumas continhas simples, e todo o alfabeto já com algumas junções de letras, quando entrávamos na escola. Mulher de fibra não se abatia por qualquer problema. Somente veríamos ela fraquejar na presença do enfarto que a levou aos oitenta e cinco anos de idade. De resto nunca sucumbiu em autocomiseração diante das agruras e muitas, que a vida lhe colocou pela frente.

Sempre esbelta, aparentando fragilidade, era a mola mestra da  família.
 Como viveu em um período longo da história, certa vez lhe perguntei qual a invenção mais fantástica que havia testemunhado na sua vida. Começou a desfiar um rosário de realizações humanas, sempre com uma historinha sua para ilustrá-la. O voo de Santos Dumont e de como o pai lhe ensinara o que era aeroplano um neologismo na época! A festa que foi feita na estaçãozinha de Alto da União, quando na esteira dos trabalhadores da empresa Belga que executava a linha férrea, surgiu um veículo estranho, diferente de todas as carroças e carretas que conhecia. O fedor dos automóveis, com sua queima de gasolina. A luz elétrica que veio iluminar suas noites, tornando mais fáceis suas tarefas diárias. O refrigerador, que mudou todos os costumes na conservação de alimentos. O rádio, com seu chiado trazendo as notícias, quase que instantaneamente, do Brasil e do Mundo. A televisão com seu encantamento e as novelas que tanto adorava já no tempo do rádio. A ida do homem à lua e sua relutância em  aceitá-la. O computador que não conheceu e nunca chegou a entender, mesmo que eu, analista de sistemas, tentasse explicar.
Lhe retruquei que queria saber qual a mais importante. De todas essas que me enumerou, a que mais lhe fascinou e mudou radicalmente sua vida: "foi a eletricidade, meu filho! Com ela nossa vida aumentou. Não precisávamos mais dormir cedo. Podíamos fazer muito mais coisas até mais tarde!"

Bem velhinha conhecendo o Mar na maior praia do mundo - Cassino

Esta é oseu maior tesouro: a coroação de uma vida. Já havia feito vários filhos e plantadas incontáveis árvores. Escreveu o seu livro de memórias: Memórias da Vó Deza com lançamento no Centenário de Ijuí. A par dele, ainda deu subsídios ao Livro, também lançado no Centenário, Capangas do Coronel. Dos três livros lançados na ocasião, dois tiveram sua participação!

Muito linda autografando o seu livro!

Esta é minha homenagem às mulheres de minha vida, na figura da Dona Maria Augusta dos Santos Carvalho

- Dona Deza - Dona Mariquinha - Vó Deza - ou Simplesmente Mamãe!

Um comentário:

Nara Miriam disse...

Belo texto! DIsse tudo! E quem deu o primeiro refrigerador a ela, foste tu, lembras?
Quisera eu ser a metade da fortaleza que ela era. Acho que era a sua fé que a movia. Parabéns pela homenagem, e jamais esqueço o aniversário dela!