Pois está faltando dois meses para que os gaúchos ou gáuchos encham as praças de desfiles, com seus cavalos bem encilhados, seus trajes típicos, seu linguajar próprio, suas danças, comidas, músicas e costumes típicas e folclóricas. Pois ao achar uma fotografia velha onde figura um tio agregado, pois a tia é que era parente, me dei conta de duas coisas. As duas, o Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG - desaprova. A bombacha branca e presença de descendentes de estrangeiros como autênticos gaúchos. A bombacha branca numa censura velada e preconceituosa aos que a usam chamando-os de "noivinhas". A Globo foi execrada por ter usado o gaúcho descendente de alemão Werner Schünemann como Bento Gonçalves na minissérie "A casa das sete mulheres" numa xenofobia sem sentido. A história do Rio Grande do Sul não aconteceu de maneira lírica ou deslumbrante onde os gaúchos ou gáuchos eram os mocinhos miscigenados por portugueses e índios. A miscigenação aconteceu com todos os povos que colonizaram este estado e os mocinhos originais que SaintHilaire descreveu, não eram senão primos próximos dos Mescaleros norte-americanos que saqueavam, matavam, estupravam nas fazendas próximas das fronteiras. Quando havia trabalho, trabalhavam para os patrões de olho no que podiam fazer em épocas de vacas magras. Os chiripás eram feitos com os panos conseguidos das pilhagens e iam de uma só cor aos "floreados" femininos. Da mesma maneira as bombachas introduzidas pelos ingleses no Uruguai por ocasião da Guerra do Paraguai. As bombachas se mostraram versáteis e eram confeccionadas com os tecidos que haviam na época. De qualquer cor.
Mas vamos ao que me levou a escrever esta postagem. Tive dois tios agregados por tias bem chegadas. O tio Virgilino Beck e o tio Leopoldo Steinhauss. Ambos gaúchos dos quatro costados. Proseei muito com os dois. Pois me coube como herança, uma foto do tio Virgilino que coloco para apreciação de vocês. Assim eram os gaúchos na década de 1920:
Bem diferente das fantasias de hoje não?
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