JEAN-GUY ALLARD
OS Estados Unidos, como promotores da chamada "lista de países patrocinadores do terrorismo", cujo propósito é denegrir aquelas nações que rechaçam suas políticas de dominação, protege e refugia dezenas de terroristas, foragidos e trapaceiros de todo o tipo, reclamados por diferentes governos da América Latina.
O site www.contrainjerencia.com mostra, desde princípios do ano, uma lista dos foragidos mais conhecidos. São uns sessenta delinqüentes, identificados como foragidos latino-americanos que se refugiam no território estadunidense, a maioria deles com histórico terrorista.
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Nelson Mezerhane, Hugo Acha Melgar, Patricia Poleo, Branko Marinkovic, Carlos Alberto Montaner. |
Com a comunidade cubano-americana de Miami, o dossiê ou lista teve que se limitar a incluir os mais "famosos" dos terroristas e sicários. Em 1959, a queda do regime de Fulgencio Batista, sustentado por Washington, marcou a chegada ao sul da Flórida de milhares de cúmplices da ditadura, que a CIA logo recrutou para as operações terroristas que executou e encobriu contra a Revolução cubana.
Vários autores de ações terroristas ocorridas na Venezuela, nos últimos anos, encontraram também asilo nos EUA, bem como participantes da conspiração assassina de Santa Cruz, Bolívia.
Entre outros indivíduos que promoveram o emprego do terror em diferentes países do continente e que hoje vivem nos Estados Unidos, com o conhecimento e a aprovação do Departamento de Estado, o site www.contrainjerencia.com identifica os seguintes personagens: - Alejandro Melgar, cabecilha da conspiração de Santa Cruz, negociante boliviano.
- Ángel de Fana Serrano, participou em 1997, na Ilha Margarita, de um complô para assassinar o líder cubano Fidel Castro, durante a Cúpula Ibero-americana. Parceiro de Luis Posada Carriles, De Fana conspirou, ainda, para assassinar o presidente Hugo Chávez.
- Armando Valladares, cúmplice da tentativa de magnicídio de Santa Cruz, Bolívia, e de vários atos terroristas, foi preso em Cuba por colocar bombas em lojas, retomando seu emprego na CIA depois de sua saída da Ilha.
- Carlos Alberto Montaner, vive há várias décadas de suas prestações contra Cuba. Foragido da justiça cubana, por colocar bombas em lojas e cinemas, em 1960, foi membro da rede terrorista de Orlando Bosch. Mora alternativamente nos EUA e na Espanha.
- Gaspar Jiménez, assassino do diplomata cubano Dartagnan Díaz Díaz, cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami sob proteção do FBI.
- Guillermo Novo Sampoll, terrorista, cúmplice do assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier, torturador do Plano Condor, assassino de dois diplomatas cubanos na Argentina, cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Com morada em Miami.
- Huber Matos, conhecido por haver dirigido ações terroristas. Suas ligações com o mundo do narcotráfico centro-americano são tão conhecidas como as de seu filho, refugiado na Costa Rica. Mora em Miami.
- Hugo Acha Melgar, financiero da gangue terrorista conformada por neonazistas húngaros e croatas, que tentaram assassinar o presidente boliviano Evo Morales, em 2009, no complô de Santa Cruz.
- Joaquim Chaffardet, ex-diretivo da polícia secreta venezuelana, ligado ao terrorista internacional Luis Posada Carriles. Foi formado pelos serviços de inteligência dos EUA na Escola das Américas (SOA).
- José Antonio Colina Pulido, responsável por atentados com bombas contra legações diplomáticas da Espanha e da Colômbia em Caracas, em 2003. Mora em Miami.
- Nelson Mezerhane, financeiro e vigarista, acionista da Globovisão, aparece entre os principais suspeitos do assassinato do procurador Danilo Anderson. Sumiu de Caracas, após furtar US$ sete milhões.
- Patricia Poleo, cúmplice do assassinato do procurador venezuelano Danilo Anderson. Encontra-se nos bastidores de diferentes operações da CIA realizadas com a embaixada norte-americana de Caracas contra a Revolução Bolivariana. Mora em Miami.
- Pedro Remón, sicário da CIA, assassino de Félix García Rodríguez e Eulalio Negrín, em Nova York; cúmplice de Luis Posada Carriles, condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami, sob proteção do FBI.
- Luis Posada Carriles, agente da CIA e terrorista internacional. Tem um interminável dossiê de crimes. Reclamado pela Venezuela pelos 73 homicídios do avião cubano destruído em pleno voo, em 1976. Mora em Miami.
- Reinol Rodríguez, associado a Luis Posada Carriles: cúmplice do assassinato em Porto Rico de Carlos Muñiz Varela. Atual chefe militar do grupo terrorista Alpha 66, tolerado pelo FBI. Mora em Miami.
- Roberto Martín Pérez, filho de um dos mais famosos esbirros da ditadura de Batista, ex-chefe do Comitê paramilitar da Fundação Nacional Cubano-americana (FNCA).
- Raúl Díaz, condenado por ataques com explosivo C4 a duas embaixadas em Caracas, ocorridos em 2003. Mora em Miami.
- Carlos Yacaman, hondurenho, assassino do ex-ministro de Habitação da administração de Manuel Zelaya, Roland Valenzuela. Encontra-se em Miami.
- Branko Marinkovic, líder opositor boliviano de Santa Cruz, principal financeiro e cúmplice da gangue terrorista desarticulada em 2009. Entregou US$ 200 mil aos terroristas para a compra de armas. Mora em Miami.
- José Guillermo García, general salvadorenho, ex-ministro de Defesa, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Carlos Vides Casanova, ex-chefe da guarda nacional de El Salvador, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Michael Townley, oficial da polícia secreta de Pinochet, cúmplice do assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier. Mora em Miami.
- Santiago Álvarez Fernández Magriñá, terrorista e traficante de armas cubano-americano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Osvaldo Mitat, terrorista e traficante de armas cubano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Héctor Alfonso Ruiz, vulgo Héctor Fabián, terrorista cubano, colocou bombas em legações diplomáticas, associado a Posada Carriles. Mora em Miami.
- Ramón Saúl Sánchez, sicário de Omega 7, cúmplice de Eduardo Arocena e Pedro Remón. Mora em Miami.
- Rodolfo Frómeta, terrorista cubano, chefe dos comandos F4, autor confesso de ações terroristas contra Cuba. Mora em Miami.
- Roberto Guillermo Bravo, militar argentino, responsável pela chacina de Trelew, na qual morreram 16 jovens revolucionários. Mora em Miami.
- Virgilio Paz Romero, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, indultado por George W. Bush. Mora em Miami.
- José Dionisio Suárez Esquivel, vulgo Charco de Sangre, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, libertado por George W. Bush. Mora em Miami.
- Félix Rodríguez Mendigutía, vulgo El Gato, agente da CIA, ordenou a assassinato de Ernesto Che Guevara, cúmplice de Posada Carriles na base salvadorenha de Ilopango no tráfico de armas em troca de cocaína. Mora em Miami.
- Salvador Romani, presidente da terrorista Junta Patriótica cubana na Venezuela, participou do assalto à embaixada cubana em Caracas, cúmplice do assassinato do procurador Anderson. Mora em Miami.
- Johan Peña, ex-comissário da DISIP venezuelana, colocou a bomba que matou o procurador Anderson. Mora em Miami.
- Jaime García Covarrubias, ex-chefe repressor de Pinochet, acusado de torturas e assassinatos, hoje professor em uma academia do Pentágono, em Washington, EUA.
- José Basulto, terrorista cubano-americano, agente da CIA, chefe de Irmãos ao Resgate, e autor de provocações assassinas. Mora em Miami.
- Inocente Orlando Montano, coronel salvadorenho reclamado pela justiça espanhola pelo assassinato de jesuítas.
- José Guevara, ex-agente da DISIP venezuelana. Participou de Miami no complô para assassinar o procurador venezuelano Danilo Anderson.
Em Miami, dezenas de organizações cubano-americanas ligadas ao terrorismo continuam na ativa, e o FBI conhece mesmo seu envolvimento em atividades violentas. Os grupos terroristas Alpha 66 e Comandos F4 pregam abertamente o uso do terror contra Cuba.
Entretanto, as atividades de apoio a ações terroristas de diretivos da FNCA e do Cuban Liberty Council foram denunciadas publicamente em diferentes ocasiões.
Nessa matéria, ninguém fica surpreendido com as declarações do representante Connie Mack, quem sugeriu o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez ou de sua colega Ileana Ros-Lehtinen, quem propôs em uma entrevista para a televisão britânica a eliminação física do líder cubano Fidel Castro.
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