PROGRÉSSIO, PROGRÉSSIO, A GENTE OVE FALÁ
O PROGRÉSSIO VEM DO TRABAIO,
ENTÃO AMANHÃ CEDO
EU VOU TRABAIÁ!
SE DEUS QUIZÉ
MAIS DEUS NUM QUÉ
DEMÔNIOS DA GAROA
Progresso
Fonte: Aparecido |
LERMEN'S LAKE QUERO, COM ESSE BLOG, DEMONSTRAR O MEU APREÇO PARA COM A CIDADE/MUNICÍPIO QUE ESCOLHI PARA VIVER!
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Tratamento inodoro Novo processo de tratamento de esgotos sanitários atende pequenas populações, não utiliza produtos químicos e é quase inodoro | |
Abril/2003 | Edição 40 |
Com a METE - Micro Estação de Tratamento de Esgotos Sanitários, os rios são preservados São João Nepomuceno (MG), um município com 24 mil habitantes, a 318 km de Belo Horizonte, implantou quatro micro-estações de tratamento de esgotos sanitários. Uma nova forma para tratar esgotos sanitários de pequenas populações por processo biológico natural, sem a utilização de produtos químicos. Como meta, na fase final do tratamento, a obtenção de um líquido transparente, quase inodoro e não poluente, poderá ser lançado diretamente nos mananciais de água e/ou sistema de captação de águas pluviais, sem danos ao meio ambiente. Indicado para indústrias, loteamentos, creches, escolas, postos de saúde, hospitais e localidades rurais, a METE - como é conhecida - pode ser implantada numa área de 150 a 200 m², onde são construídos três reservatórios de concreto armado, subterrâneos, denominados poço de visitas, fossa séptica e filtro anaeróbico. O líquido pode ser lançado nos mananciais sem danos ao meio ambiente O secretário de Obras de São João Nepomuceno, o engenheiro civil criador do projeto, Milton Salgado Filho, diz que a METE pode ser apenas subterrânea para não haver dilatação térmica. O dimensionamento dos reservatórios segue como base a NBR-7229/93, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O poço de visitas é um reservatório de dimensões reduzidas, que recebe o esgoto bruto para o início do tratamento. É dotado de um sistema simples de grade para separação de material inorgânico, inerente ao esgoto, como plásticos e tecidos. A fossa séptica é o segundo reservatório que recebe o material proveniente do poço de visitas e promove o processo de decantação, ou seja, separa os sólidos e os líquidos, após a deposição do mais denso. Simultaneamente, com o desenvolvimento de colônias de bactérias anaeróbicas (metanogênicas), que decompõem a matéria orgânica, transformando-a em um tipo de adubo orgânico (bio-massa). Entre as bactérias anaeróbicas responsáveis pela decomposição da matéria orgânica do esgoto, encontram-se colônias de bactérias metanogênicas que produzem o gás metano. Em todo o processo ocorre a formação de biogás, sendo um dos componentes do gás metano, combustível, que teoricamente, pode ser aproveitado como fonte alternativa de energia. O filtro anaeróbio é um reservatório que possui uma camada de pedra de mão (brita 04), que recebe o material da fossa séptica e, assim, promove a filtragem por gravidade, em fluxo ascendente, constituindo a etapa final do tratamento. O biogás pode ser aproveitado como fonte de energia alternativa Após o tratamento, o efluente do filtro se apresenta em forma de um líquido transparente, quase inodoro e não poluente, com as seguintes médias de remoção: 85% de remoção de DBO (demanda bioquímica de oxigênio); 79% de remoção de DQO (demanda química de oxigênio); 86% de remoção de SS (sólidos suspensos); e 90% de remoção de coliformes. A manutenção do sistema pode ser realizada apenas uma vez por ano, através do processo de sucção da bio-massa. Um caminhão de sucção fará a limpeza. Caso a prefeitura não possua o caminhão, poderá alugar, a um custo de cerca de 200 dólares/ano. Projeto ideal para pequenas prefeituras que não possuam recursos O material será despejado em um leito de secagem e depois destinado ao aterro sanitário. Este material também poderá ser reaproveitado na recomposição de camadas vegetais em áreas com erosão, fora do perímetro urbano. O secretário municipal diz que este projeto é ideal para pequenas prefeituras que não possuam recursos para o tratamento de esgotos sanitários. Para implantar uma micro-estação o custo médio é de cerca de R$ 30,00 por contribuinte. Para o tratamento dos esgotos sanitários de um loteamento de 200 lotes, com população estimada de mil contribuintes, seria necessária a quantia de R$ 30 mil; divididos em projetos, 10%; escavações, 16,21%; formas, 15,83%; preparo manual de concreto, 25,52%; lançamento e aplicação de concreto, 7,06%; armações, 13,85%; desformas, 3,03%; instalações sanitárias, 3,47%; pedra de mão (brita 04), 5,03%. A construção e manutenção da METE não exige mão-de-obra especializada e o projeto apresenta baixo custo. Salgado lembra que apesar de viável com recursos municipais próprios, a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil liberam financiamento para as prefeituras. O projeto poderá fazer parte das obras de infra-estrutura necessárias para a aprovação de futuros parcelamentos de solos urbanos como é o caso de loteamentos, protegendo dessa forma o meio ambiente. O material pode ser reaproveitado em áreas com erosão As principais vantagens deste sistema são o tratamento do esgoto sanitário de pequenas populações a baixo custo; a possibilidade de se utilizar o projeto para a restituição do ICMS ecológico, de acordo com a legislação estadual, como o caso de Minas Gerais. Apelidada “Lei Robin Hood”, a lei 12.040/95 favorece os municípios de menor porte e mais pobres com aumentos expressivos na quota-parte do ICMS. Esse critério incentiva a preservação dos recursos naturais e o sanemanento ambiental. |