BOAS VINDAS AO NOSSO BLOG

FINALMENTE APOSENTADO, COM NOVO ÂNIMO E FÔLEGO RENOVADO, SEM DORES MAS COM ALGUMAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MUITA CRENÇA NO PROPÓSITO COLOCADO: MELHORAR O NOSSO MUNICÍPIO











O que significa ITAARA. Diferentemente do que pensam e escreveram no Site da Prefeitura, no Jornal Aguas da Serra e em alguns Sites, a nossa opinião é que o significado real do nome Tupy-Guarany ITA+ARA é Pedra dos Papagaios: Ita=Pedra + Ara=Ave da família dos Psitacídios(Araras, papagaios, periquitos, caturritas, jandaias, maritacas, etc).







Então diretamente da Pedra dos Papagaios iremos colocar assuntos de relevância para o município.





NÃO ACREDITE EM NADA QUE LER NESTE BLOG, PESQUISE, EXPERIMENTE, TESTE...











quinta-feira, 23 de maio de 2013

Reflexo Condicionado ou você é um “sheeple”?



Não muito antigamente, para ser preciso, na década de sessenta, se não me engano, me chegou , através dos medias disponíveis na época ou mais precisamente através da escola, com o vagar correspondente, a notícia que após extenuantes experiências, o cientista  russo Pavlov demonstrou que os animais podiam responder aos estímulos sonoros para receberem comida. Chamaram isso de reflexo condicionado. Deixavam de se alimentar do modo natural – quando tinham fome – para responder única e exclusivamente aos estímulos sonoros. Salivavam intensamente quando os ouviam!
Trazendo isso para meu convívio, toda vez que faço ruído com panelas os meus cuscos ( gauchês = cães) se alvoroçam! Da mesma forma quando os meus gatos ouvem os apitinhos irritantes do microondas avisando que o tempo programado terminou e o alimento está quente,  saltam de onde estiverem e vêm reclamar atenção para a comida deles como se eu só lhes desse comida nesses instantes... Não lembram, nem os cães e nem os gatos,  que a primeira coisa que faço ao levantar e depois de minhas abluções matinais é deles que me ocupo.


Vamos trazer isso, reflexo condicionado, para a área da Comunicação das mídias atuais. Estes dias no blog do meu amigo Paulo Gurgel no Blog EntreMentes, trouxe um neologismo inglês que demonstra bem o que quero transmitir. É o efeito manada. O Maria vai com as outras onde as pessoas, condicionadas, esquecem de: pesquisar, usar seu senso crítico, usar da lógica, usar sua inteligência para questionar, ver até onde a verdade que é apresentada é uma verdade ou uma falácia.  Esquecem das três perguntas que balizam a Ética: Posso? Devo? Quero? Ao esquecer de questionar, ficam vulneráveis ao sentimento que as mídias querem passar e, como num rebanho estourado, saem a verberar o que ouviram. São verdadeiros  “sheeples”. Eis o texto:

21 maio, 2013


Sheeple
Do inglês sheep (ovelha) + people (pessoas).
É um termo pejorativo que atribui o comportamento de rebanho de ovelhas a pessoas que simplesmente acreditam no que é dito, sem um estudo sério sobre o assunto, e principalmente se for veiculado pelos grandes canais de mídia. O termo é muito utilizado nos cenários político e religioso.” E para ilustrar colocou  ilustração que dá bem a idéia de formadores de opinião se transformando em mais um na
manada :

Para terminar, uma perguntinha:
Você saliva ao ouvir o Plim-plim?

terça-feira, 14 de maio de 2013

Também sonho utopias... II




E nesse desvario tenho a plena consciência que agora não vou alcançá-las. 
É enorme o caminho que devemos trilhar para que isso seja possível. 
Alcançaremos a totalidade? Com todos felizes para sempre? Com todos alimentados, morando confortavelmente, tendo atividades sadias em todos os ramos, todos altruístas com respeito por tudo o que nós queremos que seja respeitado?
 Todos inteligentíssimos, onde as novidades surgirão de idéias que brotam espontaneamente na mente de todos?
 Seremos todos especialistas  em tudo e com prazer, inventamos novos meios de locomoção enquanto recitamos poemas criados por nós  ou compomos músicas belíssimas...


Ou como sempre aconteceu até aqui, alguns poucos ao acaso ou por mérito próprio irão alcançando essa gama de sabedoria e, indiferentes aos que ficaram para trás, comporão novas castas e as batizarão com outros nomes?

Esse último parágrafo é o que está mais perto de acontecer.
Os Santos religiosos não têm hierarquia?
 Os espíritos dos Espíritas não tem hierarquia?
 As consciexes (neologismo=consciências estrafísicas) da conscienciologia não têm hierarquia? 
 Nós pobre mortais não temos que ter?
 Haverá uma continuação e repetição até que atinjamos o patamar máximo?  
O que precisamos fazer para acelerar essa mudança?

sábado, 11 de maio de 2013

Dois + dois = ? - Luis Fernando Veríssimo


sábado, 11 de maio de 2013




Um economista americano desconhecido estava revendo a tese de dois economistas muito conhecidos, que provava que a responsabilidade fiscal e a austeridade nos gastos sociais favorecia, em vez de atrasar, como diziam alguns, a recuperação econômica, e estava sendo usada por economistas oficiais para justificar o aperto aplicado pela maioria dos governos do mundo contra a crise, quando descobriu um erro. Não um erro de posicionamento, de interpretação ou de redação — um erro de matemática. Certas contas não fechavam.
Dois mais dois simplesmente não davam quatro. O economista desconhecido publicou sua descoberta, o que o tornou conhecido, e os dois economistas conhecidos reconheceram seu erro, mas não lhe deram importância, o que os tornou cúmplices declarados do massacre que a tese deles continua causando.
A certeza de que com o tempo a austeridade se justificará, demonstrada claramente nas contas erradas da dupla, só conseguiu transformar “austeridade” em palavrão, nos países em que a maioria da população continua pagando, com desemprego e miséria, pelos desmandos dos seus governos e a ditadura do capital financeiro, responsável pela crise.
Mas talvez haja uma explicação que absolva os dois economistas conhecidos. É difícil imaginar que eles não tenham recorrido aos seus laptops, ou aos laptops de assistentes, para fazer suas contas. (“Veja aí, dois mais dois quanto dá”). E os laptops podem ter fracassado.
Hoje confiamos tudo ao computador, por que não confiar na sua matemática? E a sua matemática pode entrar em pane.
Me lembrei da história do Millôr sobre o último homem do mundo que ainda sabia contar nos dedos. Um dia todos os sistemas interligados do mundo caem. Ninguém mais consegue escrever sem um teclado, o que dirá fazer contas sem uma calculadora eletrônica.
Recorrem ao homem, que cobra caro pelo seu serviço. E o fornece tranquilamente, certo de que se errar nas suas contas primitivas não haverá como comprovar o erro. Ele será a autoridade final em todas as contas.
A austeridade não está dando certo em nenhum lugar do mundo, muito menos nos países mais sacrificados pela crise, como Grécia e Espanha.
Na Inglaterra, as pompas fúnebres para Margaret Tchatcher, Mrs. Austeridade, também foram, um pouco, uma celebração provocativa do aperto promovida pelo governo conservador. O neoliberalismo dando um último chute no “welfare state” antes de ser canonizado.
Luis Fernando Veríssimo

Postado por zcarlos ferreira no Com Texto Livre.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O melhor - Luis Fernando Veríssimo


sexta-feira, 3 de maio de 2013



Era uma época cheia de perigos. Sarampo, caxumba, catapora, bicho do pé. Engolir chiclé era perigoso porque colava nas tripas. Fazer careta era perigoso porque se batesse um vento você ficaria com o rosto deformado pelo resto da vida. Pé descalço em ladrilho: pneumonia. Melancia com leite: morte certa. Banho depois de comer: congestão.
Um dia fizeram uma cabana num terreno baldio. Ainda havia terrenos baldios. A cabana era o mundo secreto deles, da turma. Ganhou um nome: Clube da Sacanagem. Ninguém precisava saber o que acontecia lá dentro. Os cigarros roubados de casa. As revistinhas. Mas a primeira coisa que o menino fez dentro da cabana foi comer melancia com leite e não morrer.
Com o tempo, os perigos mudavam. Desatenção na escola, falta de estudo, notas baixas: fracasso, nenhum futuro, ruína. Sexo sem camisinha: doença, gravidez indesejada, ruína. Amizades perigosas: drogas, dependência, nenhum futuro, ruína, morte.
— E banho depois da comida?
A ironia não era entendida.
— Pode.
O grande amor deixava olhar, mas estabelecera um ponto nas suas coxas do qual era proibido passar. Como o Paralelo 38, que dividia as duas Coreias. E ela era rigorosa. No caso de transgressão, soavam os alarmes e havia o perigo até de intervenção americana.
Mas bom, bom mesmo, era o orgulho de um pião bem lançado, o prazer de abrir um envelope e dar com a figurinha rara que faltava no álbum, o volume voluptuoso de uma bola de gude daquelas boas entre os dedos, o cheiro de terra úmida, o cheiro de caderno novo, o cheiro inesquecível de Vick-Vaporub. Mas, melhor do que tudo, melhor do que acordar com febre e não precisar ir à aula, melhor até do que fazer xixi em piscina, era passe de calcanhar que dava certo.
É ou não é?
Luis Fernando Veríssimo

Postado por zcarlos ferreira no Com Texto Livre